terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sarna negra ou demodécica - uma nova abordagem.


Há acordo em que a causa da sarna demodécica seja ocasionada pelos ácaros Demodex canis ( também se incrimina o Demodex injai) que, embora sejam habitantes normais da pele dos animais em que são espécie/específicos, podem ocorrer em alguns indivíduos alterações muito graves (não se encontra correlação genética, alimentar ou de manejo para tal).

A doença pode variar de:
1. Demodecose localizada, ocorre em cães muito jovens, com a característica de uma ou mais zona de alopecia parcial e circunscrita geralmente localizada em focinhos ou patas da frente (não por acaso os locais com maior contato com mãe devido a posição de mamar). Podem apresentar ligeira descamação (caspa) e desenvolvimento de hiperpigmentação.
2. Demodecose generalizada juvenil: ocorrem antes do 2º ano de vida (comum no 1º ano). Tem como característica lesões numerosas na cabeça, pernas e tronco, por vezes em todo o corpo, São manchas de alopecia circunscrita, descamação severa, eritema (que pode evoluir para sangramento) com hiperpigmentação na sequência. Daí o aspecto típico azulado (slaty-blue). Pioderma é uma complicação freqüente podendo passar de não pruriginosa para pruriginosa. Os cães nesta situação estão imunossuprimidos sendo contra indicadas as cortisonas.
3. Demodecose generalizada adulta: associada a doenças como leishmaniose, hipotireoidsmo, imunosupressivas, neoplasias malignas ou excesso de corticóides.. Controle difícil e aspecto semelhante à forma juvenil.
4. Pododermatite demodécica: muitas vezes uma extensão das formas generalizadas, mas as patas dianteiras podem ser a única zona de lesões.

Uma nova abordagem no tratamento.
É consenso que o causador (embora o mecanismo seja desconhecido) que o agente causador das sarnas demodécicas sejam os Demodex spp em uma explosão populacional. Ainda que um dos tratamentos tentados sejam os da classe das ivermectinas,.
No entanto verificamos que há infecções oportunistas por Malazessia spp.
Também se verificavam melhoras no quadro de animais que recebiam medicamentos contendo selênio na fórmula, por razões ainda desconhecidas.
Em dois casos de caninos em que se julgou extintos os procedimentos usuais (um deles se considerou a eutanásia), propusemos que o tratamento fosse cosmecêutico:
1. Um banho destinado a retirar todos os resíduos foi aplicado com o Shampoo Limpeza Profunda com Neutralizador de Odores Royal Shower, com repetição,foi instituído.
2. Na sequência, um shampoo hipoalergênico contendo óleo de neem (Azadiracta indica) foi capaz de efetuar a limpeza e suavizar lesões.
3. Nas vezes em que houve episódios de sangramentos dos eritemas, lançamos do produto Otimus Gel para limpeza otológica que contém várias vezes mais óleo de neem na composição e com ele se consegui inibir a explosão populacional dos ácaros.
4. Um complemento alimentar importante foi com castanhas do Pará (Bertholletia excelsa). É notório que o conteúdo selênio nos frutos são altíssimos a ponto de preocupar que o excesso de consumo possa provocar intoxicação por selênio. Então o esquema instituído foi:


a. Primeira semana ½ castanha triturada misturada a ração por dia.
b. Segunda semana: ¼ de castanha triturada misturada na ração por dia
c. Terceira semana: ¼ de castanha 2 vezes por semana
d. Manutenção: ¼ de castanha 1 vez por semana.


Ainda que os primeiros tratamentos tenham acontecido em 2010 desde então os animais se mantiveram livres de recidivas.


Os produtos Royal Shower podem ser adquiridos através da loja virtual http://royalshower.lojavirtualfc.com.br/

Por questões éticas é preciso esclarecer que o autor (Edson Souza Araújo) é médico veterinário, além de químico com pós graduação em Perícia Forense e Engenharia Cosmética.

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